26 maio 2006

Vitor Belfort – o retorno?


Primeiro ídolo brasileiro do MMA moderno que não tinha, apesar de adotado por um, o sobrenome Gracie, Vitor Belfort (13v-6d.–0e.) conheceu de perto os altos e baixos da fama. Treinado por Carlson, Vitor logo se destacou nos treinamentos e, alçado da faixa azul para a preta de jiu-jitsu, estreou, em sua segunda luta, no UFC 12 (fevereiro/97) com duas vitórias no mesmo dia (sobre Tra Telligman– interrupção e Scott Ferrozzo – nocaute). Não demorou a receber a alcunha de Fenômeno, apelido dado, principalmente, pela rapidez de seus socos.
Apesar da primeira derrota para Randy Couture (14v.- 8d.- 0e.) no mesmo o ano, o prestigio de Vitinho não diminuiu e as vitórias se seguiram, inclusive com o clássico nocaute sobre o então iniciante Wanderlei Silva.
A clássica vitória sobre Wanderlei Silva
Em 2002 sua carreira tomou novos rumos com a participação na Casa dos Artistas 2, tornando-o extremamente popular. Aproveitando da fama obtida, Silvio Santos transmite pela primeira vez uma luta de MMA na televisão aberta, que alcança o excelente índice de 14 pontos no IBOPE, mas Belfort é derrotado (decisão) por Chuck Lidddell (18v.- 3d.– 0e.) e a carreira do atleta inicia seu declínio. De 2002 até 2006 foram sete lutas, sendo três vitórias (Marvin Eastman; Randy Couture e Antony Rea) e quatro derrotas (Chuck Lidddell; Randy Couture; Tito Ortiz e Alistair Overeem).
Várias razões foram apontadas para o declínio de seu desempenho, da fama que teria subido à cabeça, constantes trocas de equipe, seqüestro da irmã e até mesmo o pé frio de seu novo empresário (Jorge Guimarães – o Joinha, apresentador do Premiere Combate).
Muitos ficam aguardando o retorno vitorioso, o que pode estar prestes a acontecer. Passada a tempestade da fama fácil da Casa dos Artistas, resolvido o seqüestro da irmã (que infelizmente não teve final feliz), Vitinho voltou a eventos menores (Cage Rage) e se concentrou nos treinamentos de boxe, que o projetou.
As duas últimas lutas do Fenômeno, sendo uma sua estréia no boxe profissional, já mostram a melhoria sustentável, para utilizar um jargão do economês em moda. No combate no Cage Rage 14, contra
Antony Rea (9v.- 5d.– 0e.), Belfort mostrou um bom jiu-jitsu, com direito a uma omoplata quase perfeita, e, principalmente, muita confiança no boxe. Há de se fazer, contudo, ressalva para a pouca agressividade de Rea.
Na sua estréia no boxe profissional, Vítor enfrentou Josemário Neves, ex-campeão baiano, tradicional reduto da nobre arte nacional, e não deu qualquer chance ao adversário, aplicando-lhe três knock downs, em menos de um minto.

Ainda é pouco, mas já aguça o desejo de presenciar o retorno do Fenômeno aos grandes eventos.


A vitória no Cage Rage
http://www.hausfightwear.com.br/videos_10.php

A vitória em sua estréia no boxe profissional

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