17 abril 2006

Caiu a máscara!


Após duas lutas onde venceu de forma insofismável, o mundo do MMA pode conhecer a fragilidade de Márcio Pé-de-Pano Cruz, bi-campeão mundial absoluto de jiu-jitsu e o último a dominar os tatames sem oposição.
Não há incoerência na informação, uma vez que mesmo vencendo suas primeiras lutas por finalização e nocaute, Pé-de-Pano (2v. 1d. 0e.) sempre demonstrou um boxe cômico, quedas ineficientes e pouco variedade de chutes. Nas duas lutas, contudo, havia compensado as deficiências com o excelente jiu-jitsu.
Contra Monson (21v. – 5d. – 0e.), também excelente no submission, todas as fragilidades denunciadas nas lutas anteriores voltaram à tona.
Na trocação os jabs de Márcio Cruz não fizeram qualquer efeito, enquanto Jeff Monson chegou a derrubar o brasileiro com um dos vários jabs no alvo. À favor de Márcio Cruz poderia se pugnar pelos bons chutes baixos, mas a ausência de variedade (fora este só tentou um frontal) os tornaram fáceis de defender, tendo Monson, inclusive, derrubado o Brasileiro em um deles.
As quedas, que em outras lutas do Pé havia sido um ponto a ser melhorado, desta vez foram um desastre. O Brasileiro não conseguiu nem uma vez cair por cima, enquanto o Americano diversas vezes obteve a vantagem pela posição.
Para piorar, parece que o UFC, ao menos nesta luta, não quer trabalho de chão. Todas as vezes que Márcio Cruz fechava a guarda, posição em que é o melhor do mundo, o Juiz mandava reiniciar a luta em pé.
A derrota acende um novo alerta para Pé-de-Pano, já que Monson também não é um especialista na trocação. Se não melhorar seu boxe e suas quedas, Márcio Pé-de-Pano Cruz poderá encontrar sua vez de ser nocauteado em muito breve.
Para ver a luta no UFC 59

13 abril 2006

Grande luta?


Que nosso Dom Oscar Maroni tenta ser o Larry Flynt tupiniquim ninguém tem dúvidas, o próprio admite sua admiração pelo empresário do sexo americano, que foi tema do bom filme “O Povo contra Larry Flint”.
As dúvidas surgem, contudo, com a realização do Show Figth, já considerado, junto com o Jungle Figth, um dos dois melhores eventos de MMA do Brasil depois que o Meca deixou de ser realizado.
Até aqui somente aplausos, tanto pelo evento como por agitar o MMA em uma das maiores metrópoles do mundo (São Paulo). Mas a inclusão de lutas de “telecatch” entre mulheres somente possui o condão de fazer propagando sexual, e por conseguinte dos negócios de Dom Oscar que é proprietário da Casa Bahamas, uma espécie de disneylândia do sexo, localizada em São Paulo.
No Show Figth III ao menos colocou uma luta “séria” (ao menos aparentemente) entre modelos, a Bandida do Amor contra a Mulher Samambaia (a da foto acima, reconheceu?).
Fica a pergunta se a atitude não compromete a credibilidade do evento.
De qualquer forma vale a pena conferir:
http://rapidshare.de/files/17692480/Mulher...o_Amor.wmv.html

Novo Herói

Em tempos que a DSE/Pride procura valorizar os leves, onde possuem mais lutadores com chances de vitórias, criando não só o Pride Bushido como os cinturões da categoria dos light weight (peso leve) e welterweight (peso médio), o Brasil acha seu novo herói. Depois de colocar o invencível Gomi pra dormir, começam a chegar as informações sobre quem é Marcus “Máximus” Aurélio.

Na decisão do Pan-americano de jiu-jitsu em 1997 contra Royler Gracie.
http://www.megaupload.com/?d=5MT8ILZ6

Contra Monson (essa é boa)
http://youtube.com/watch?v=fK8mhiSza0c&search=jeff%20monson

06 abril 2006

O Grande Golpe


Instante decisivo da luta entre Marcus “Maximus” Aurélio e Talanori Gomi, captado pelas lentes sempre atentas de Susumo Nagao O Brasileiro não só havia escapado, há segundos, de um forte gancho de esquerda, que passou perto, como conseguiu a queda que lhe deu o controle do combate.
Não bastasse ter saído ileso do golpe forte do Japonês, Marcus Aurélio o pegou desprevenido e não se defendendo da queda. O resultado foi ter a luta no chão e com a meia-guarda. Depois foi só esperar a hora de por pra dormir.

04 abril 2006

Pride Bushido 10

Marcus "Maximus" Aurelio

Ao percorrer a história não é difícil encontrar heróis cujos feitos se limitam a destronar grandes guerreiros que, até prova em contrário, são invencíveis. Assim Salazar comandou seu exército na então inacreditável conquista de Constantinopla, mas não deixou ao mundo outra razão para ser lembrado.
No esporte também encontramos nossos heróis. Ninguém se esquece de James “Buster” Douglas derrubando o então invencível Mike Tyson. A fama não durou, porém, mais do que os quinze minutos regulamentares.
O último Pride Bushido ajudou a escrever mais um capítulo das façanhas heróicas. Escalado para lutar com o Garoto de Ouro Takanori Gomi (24 v. – 3 d. – 0 e. -invicto no Pride, com dez vitórias consecutivas e há dois anos sem perder), Marcus “Máximus” Aurélio (14v. 2 d. 0 e.) parecia ser apenas mais um a pavimentar a sólida carreira do ídolo japonês.
Iniciado o combate, contudo, a postura do Lutador brasileiro já surpreendeu. Ao invés de demonstrar a intenção, óbvia, de levar a luta ao chão, Marcus fechou a guarda alta e ameaçou trocar com o Japonês.
Não demorou, porém, o sólido boxe de Takanori Gomi prevalecer e encurralar Marcus Aurélio no canto do ringue. Como em toda boa batalha, o Brasileiro contou com a sorte, já que no exato instante que ataca as pernas de Gomi, este desferiu um violento cruzado em direção à cabeça, já baixa, de Marcus.
Além de escapar do golpe, certamente fatal, M. Aurélio derrubou o oponente que não estava se defendendo da queda. O resultado foi não só a queda como a meia-guarda. A partir de então o Brasileiro socava o suficiente para o juiz não determinar o retorno da luta em pé, até que encaixou um katagatame sem pressão, permitindo a fuga do adversário.
Mesmo repondo a guarda, Takanori Gomi não conseguiu se livrar do castigo. Em uma tentativa precipitada de raspar, Marcus Aurélio encaixou outro Katagame. Com o golpe bem encaixado, bastou dar pressão e esperar o Garoto de Ouro dormir.
Vitória incontestável. Agora é esperar para ver se Marcus “Máximus” Aurélio desaparece no decorrer da história ou se fará jus à alcunha lhe dada pelo site sherdog.com.

para ver luta de Marcus Aurélio:
http://www.megaupload.com/pt/?d=BHAH2WT9


Sem a surpresa no resultado, mas surpreendente o decorrer da luta foi o combate entre Murilo Ninja (Chute Boxe – 11 v. – 6 d. – 1 e.) e Paulão Filho (Brazilian Top Team - 11 v. – 0 d. – 0 e.). Afora as provocações “marqueteiras,“ se esperava um combate mais equilibrado, já que o atleta da BTT vem de grande fase e o Chute Boxer já havia provado na luta contra o excelente chão de José Mário Sperry. A luta, porém, foi um passeio. Paulão Filho socou melhor, derrubou melhor, montou melhor, amassou melhor. No único momento em que Murilo Rua mostrou alguma competência foi ao impedir que Paulão, já montado, tivesse tranqüilidade para massacrar. Só faltou ao atleta da BTT mais atitude para finalizar. Ao contrário, em momento algum rifou sua posição para a finalização.

Para ver a luta Paulão x Ninja:
http://www.megaupload.com/pt/?d=NPSGXBW2


Terminando o post vai um breve comentário da luta de Luiz Azeredo CB 10 v. – 6 d. – 0 e.). Lutador de potencial, carismático, Azeredo acreditou na lorota contada pela Chute Boxe e vai pra cima, vai pro show. Realmente, suas lutas são boas, mas sempre o expõe a nocautes clássicos. Vacilou na frente de Joachim Hansen (14 v. - 4 d.– 1 e.) e ficou esticado mais cedo que esperava.

Para ver a luta do Azeredo:
http://www.megaupload.com/pt/?d=1VSF9BDF