05 fevereiro 2006

Carlson Gracie – Especial III


Independência e personalidade
De seus ensinamentos surgiu a nova geração e que foi responsável por defender o jiu-jitsu no desafio contra a luta livre em 1991 (ver os posts abaixo sobre o desafio) e nos primórdios do MMA. Entre eles pode se destacar Fábio Gurgel; Vitor Belfort, Wallid Ismail, Paulão Filho, Ricardo Arona, Murilo Bustamante, Ricardo Libório, Zé Mário Sperry e Luis Roberto Duarte, os últimos quatro responsáveis pela fundação da Brazilian Top Tean e protagonistas de uma passagem conturbada na saída do Carlson Gracie Tean.
O afastamento do Hélio Gracie além de proporcionar maior popularização do jiu-jitsu, possibilitou uma visão mais aberta e moderna a Carlson. Enquanto a vertente tradicional da família ainda encarava o vale tudo (UFC, Japan Open, Pride) como desafio ao jiu-jitsu e, por conseguinte, à família, Mestre Carlson já semeava o profissionalismo ao encarar o treinamento de outros lutadores (inclusive não praticantes de jiu-jitsu) como parte do negócio.
Em 1998 chegou, inclusive, a treinar Wallid Ismail contra Royce Gracie em uma arena montada na praia de Copacabana. Na polêmica luta, o discípulo mais fiel de Carlson apagou Royce, com um reloginho, em cinco minutos. Além do fato de ser treinado por um Gracie, outro aspecto controvertido pairou sobre a luta. Royce, e seu staff, sempre alegaram que Wallid se utilizou de um kimono preparado que dificultava os ataques. Assim, enquanto o Gracie tentava o estrangulamento, Ismail ficou livre para o contragolpe. Após a derrota Royce Gracie perseguiu a revanche, inclusive em campeonatos, mas Wallid sempre negou a oportunidade.
A divergência nas lutas com a vertente tradicional, porém, se limitou aos tatames, tendo Carlson declarado que nunca treinaria alguém para uma luta de MMA contra a família.

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