07 agosto 2007

Quem é Gabriel "Napão" - II


Em abril de 2003 fez sua estréia no MMA com a vitória no Brazilian Gladiators 2. Em agosto obteve sua segunda vitória, sobre Branden Lee Hinkle, no Meca 9, finalizando com um triângulo.

Quando começava a ganhar maior visibilidade, porém, foi derrotado por Fabrício Werdum no Jungle Fight 1 (setembro/03), em uma luta onde teve sua sensível vantagem no chão anulada pela orientação de Wallid Ismail (promotor do evento) para que a luta fosse movimentada. O combate foi interrompido pelo juiz quando Werdum castigava Napão com socos de dentro da guarda.

Em 2003 foi realizado o II Desafio Black Belt, com produção impecável, jamais vista para lutas de jiu-jitsu. Napão venceu um combate que não empolgou, mas deixou, na entrevista que antecedeu a luta, e mostrada nos telões, uma frase profética que o tiraria do lugar comum anos depois. Perguntado qual seria seu ponto forte, Gabriel Gonzaga respondeu um tanto indeciso: “Eu não sei se tenho ponto forte. Dizem que é meu ataque no braço de dentro da guarda, mas eu não sei. Luto conforme o adversário luta. Se ele vai lutar na guarda, eu vou passar, senão eu fico na guarda. Se ele luta em pé, eu luto em pé”.

Em outras duas ocasiões, pelo menos, a veracidade da resposta pode ser confirmada. No GP Black Belt 2004, em Maresias, Napão fez a segunda luta, após vencer o Leonardo Leite, contra Márcio Pé-de-Pano. Disputando o prêmio recorde, no jiu-jitsu, de R$10.000,00, além do cinturão, permitiu que o Pé-de-Pano o chamasse para seu jogo de guarda logo no início da luta. Após conseguir uma contestada passagem de guarda, Gabriel Gonzaga passou maus bocados no final da luta, quando Pé-de-Pano encaixou um justíssimo triângulo. Salvo pelo gongo, Napão levantou-se com a ajuda de Danny Abu, que correu para garantir que seu companheiro da Gold Team não caísse em sono profundo. Apesar dos protestos, Napão foi para a final e venceu Tozzi sagrando-se campeão.

Em 2005, na decisão da Copa do Mundo (pesadíssimo) contra Leonardo Leite, então membro da seleção brasileira de Judô, Napão o encarou em pé durante grande parte da luta, somente tentando mudar a estratégia quando ficou em desvantagem no placar. Mas não surtiu efeito e foi vice-campeão.

A partir de 2004 seus resultados começaram a se tornar mais expressivos. Além do GP, foi campeão do Submission wrestling (até 105kg) em Campos dos Goytacases e São João da Barra.

Em 2005 venceu a seletiva brasileira do ADCC e ficou com o vice campeonato na categoria acima de 99 Kg (derrotado pelo Jeff Monson no único revés brasileiro nas decisões).

Em 2006 finalmente consegue, segundo sua própria definição, um objetivo de vida ao sagrar-se campeão mundial de jiu-jitsu pela CBJJ e da copa do mundo pela CBJJO, ambos na categoria pesadíssimo.

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