Juventude Dourada
Vivendo nos turbulentos anos 70, Rolls fazia parte da chamada “juventude dourada” do Rio de Janeiro, usando vias alternativas aos duros parâmetros que a ditadura militar preceituava. Junto com Pepê foi um dos maiores ídolos da juventude que utilizava o esporte e a vida saudável como fonte de resistência e proposta de mudança de hábito dos jovens alienados pelos anos perdidos da década de 70.
Não por acaso os dois ídolos autênticos se apaixonaram pelo mesmo esporte, a asa delta. Em 1981 Pepê, que já havia ganhado uma etapa do mundial de surf, se tornou campeão mundial no Japão. Dez anos depois, buscando o bi-campeonato, Pepê morre em um acidente de asa delta.
No ano seguinte à conquista do mundial por Pepê, Rolls, o maior nome do JJ e campeão do primeiro torneio nacional, sofre acidente de asa desta que lhe tira a vida aos 31 anos.
Apesar dos muitos alunos, Rolls graduou apenas seis faixas pretas (Marcio 'Macarrão' Stambowsky; Maurício Mota Gomes – pai de Roger Gracie; Romero “Jacaré” Cavalcanti; Nicin Azulay; Paulo Conde e Talarico).
Dentre outros alunos, estava o jovem Rickson Gracie, que até hoje rivaliza com Rolls o título de melhor de todos os tempos.
A pergunta de quem foi o melhor esbarra na diferença de idade (nove anos) entre os melhores gracies nos tatames e na morte prematura de Rolls.
Fica, contudo, o depoimento de Mestre Carlson Gracie:
“Ele era muito melhor que o Rickson. Eles sempre treinavam e o Rolls sempre ganhava. O tio Hélio ficava puto da vida. O Rickson era bom, claro, mas o Rolls era melhor”.
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